O Zinco e a Saúde

O zinco é essencial para a saúde humana

O zinco é vital para muitas funções biológicas como resistência contra doenças, cicatrização de lesões, digestão, reprodução, crescimento físico, controle do diabete, paladar e olfato. Mais de 300 enzimas do corpo humano precisam de zinco para funcionar adequadamente.

O corpo humano adulto contem 2-3 gramas de zinco e 2 kg/ 4,4 lb de metais totais incluindo zinco; mais da metade do total é cálcio, seguido do sódio, magnésio e potássio.

A Ingestão Diária Recomendada (RDA) dos EUA de zinco é de 12 mg/dia para mulheres e 15 mg/dia para homens. Grávidas e lactantes precisam de mais, até 19 mg/dia.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a pneumonia, diarréia, sarampo, malaria e desnutrição são responsáveis por 70% de toda a mortalidade infantil no mundo. Testes recentes em vários paises do mundo mostram que o suplemento de zinco pode reduzir a incidência e a gravidade da diarréia e das doenças respiratórias. O risco de deficiência dietética de zinco é muito alto para as crianças nos paises em desenvolvimento.

Novos estudos, baseados nas planilhas nacionais de equilíbrio alimentar da Organização de Alimentos e Agricultura da Nações Unidas (FAO), sugerem que quase a metade das pessoas no mundo, especialmente aquelas nos paises mais pobres do Sul e Sudeste da Ásia e da África abaixo do Saara, tem insuficiência de zinco na sua dieta alimentar.

Estudos mostraram que os adultos norte-americanos ingerem em geral apenas 8-10 mg/dia de zinco, menos que a quantidade recomendada, e 50% das crianças norte-americanas com 2 a 10 anos tem uma ingestão de zinco abaixo dos níveis recomendados.

As principais fontes de zinco dietético são carne vermelha, aves, peixes e frutos do mar. A absorção media diária de zinco pela ingestão de água é estimada em menos de 0,2 mg/dia. Em paises onde a dieta principal baseia-se em cereais não refinados e legumes e a ingestão de carne e peixe é baixa, devem ser desenvolvidas estratégias dietéticas para melhorar o conteúdo e a biodisponibilidade de zinco.

Os efeitos da deficiência de zinco são bem documentados e podem ser graves, variando de funções neuropsicológicas comprometidas, retardo de crescimento e desenvolvimento, reprodução deficiente, distúrbios imunológicos, dermatite, má cicatrização de lesões, letargia, perda de apetite, perda de cabelo. A maioria destes efeitos são tratáveis com as quantidades adequadas de zinco.

Os grupos populacionais especialmente sujeitos a riscos da deficiência de zinco são grávidas e lactantes, crianças e adolescentes, idosos, pessoas que realizam trabalho físico pesado, diabéticos, alcoólatras, fumantes e pacientes com lesões graves.

O zinco é geralmente utilizado para proteger e curar: protetores solares (cremes e loções), tratamento contra queimaduras de sol, cremes de bebe para prevenir assaduras, tratamento da acne, herpes simples, caspa, tratamento de lesões, queimaduras, incisões cirúrgicas, cosméticos. Foi comprovado que comprimidos de zinco reduzem a duração de um resfriado comum de 7,6 dias para 4,4 dias.


Ingestão Diária de Zinco Recomendada

As crianças precisam de zinco para crescer / Os adultos precisam de zinco para a saúde

Bebês (0-1 ano) 5
Crianças (1-10 anos) 10
Homens (11-51+) 15
Mulheres (11-51+) 12
Grávidas 15
Lactantes (1° 6 meses) 19
(6 meses seg.) 19

 

Alguns alimentos ricos em zinco digerível (mg de zinco pó 100g)

Leite, iogurte 0,4
Queijo 2-4
Leite em pó 4
Ovos 1,35
Carne de vaca 4
Fígado 6-8
Camarões 2
Ostras >7

Fonte: Falk Foundation, Alemanha.


O ZINCO É SOLUÇÃO AO MAIOR PROBLEMA DO MUNDO, diz o consenso 2008 de Copenhagen

O zinco e a vitamina A podem ser fornecidos às crianças por um custo relativamente baixo, tratando eficazmente a desnutrição, um grande problema enfrentado pelo mundo, de acordo com economistas, incluindo cinco Nobel Laureates.

O painel composto de oito economistas e reunido no Consenso 2008 em Copenhagen, projeto do Centro do Consenso da Escola de Negócios de Copenhagen, expôs os problemas que poderiam ser endereçados para o Dr. Bjorn Lomborg, fundador do Consenso e diretor do Instituto Ambiental Dinamarquês.

 “Isto dá-nos a visão geral de como as decisões globais podem ser mais bem tomadas e de como nós podemos gastar o dinheiro para fazer bem ao mundo. Dar prioridade é difícil. É muito mais fácil dizer que nós queremos fazer tudo, mas infelizmente nossos recursos são limitados. Nós não podemos apenas focar no que está na moda, mas principalmente no que é racional.”

O painel concluiu que o zinco e a vitamina A poderiam serem fornecidos a 80% dos 140 milhões estimados de crianças desnutridas (primeiramente na África e no Sudeste Asiático) por um custo de US$ 60 milhões anuais, gerando benefícios (em melhorias na saúde, aumento de perspectivas e redução de mortes) na casa de US$ 1 bilhão – com um retorno de US$ 17 para cada dólar gasto. Para uma comparação, por exemplo, a redução dos gases no efeito estufa, controlando o aquecimento global, gastariam US$ 800 bilhões e renderia somente US$ 685 bilhões em benefícios, uma taxa de retorno negativo.

A pesquisa mostrou que a deficiência do zinco é um problema de saúde crítico em países em desenvolvimento. As crianças pequenas são especialmente afetadas; a falta do zinco pode causar deficiências de crescimento e desenvolvimento e incidências freqüentes de diarréia e pneumonia. No começo desse ano, o jornal médico Lancet, identificou a falta de zinco como responsável por 4% de mortes no mundo e deficiência na vida das crianças com menos de 05 anos em países da baixa-renda, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu similarmente o problema da deficiência do zinco nas crianças. Apesar deste reconhecimento difundido do problema na comunidade científica, não está sendo feito o suficiente, como o consenso demonstrou.

A associação internacional do zinco (IZA), em nome da indústria do zinco, vem representando iniciativas a programas como esses recomendados pelo Consenso. A IZA teve um papel decisivo no estabelecimento do Grupo Internacional de Nutrição do Zinco (IZiNCG), e continua a dar suporte financeiro para este grupo de cientistas afiliados com a união internacional de ciências nutritivas. A IZA e o IZiNCG são dedicados a promover e a ajudar a reduzir a deficiência de zinco no mundo através de esforços em  defender, educar e fornecer auxílio técnico. A IZA tem patrocinado conferências técnicas, material impresso e estabeleceu diversos web sites (www.zinc-health.org e www.zinc-crops.org). Além disso, a IZA tem coordenado, em conjunto com associações internacionais de fertilizantes, a promoção e inclusão de zinco mais cedo na cadeia alimentícia, através da utilização de fertilizantes que contenham zinco em solos deficientes do metal – geralmente nos países em desenvolvimento.

Stephen Wilkinson, diretor executivo do IZA, concluiu que “a indústria do zinco tem trabalhado diligentemente para informar os especificadores que a deficiência do zinco, particularmente nas crianças, é uma das principais ameaças à saúde e que pode ser prontamente solucionada com as ferramentas existentes como o fertilizante nas colheitas, fortificação do alimento ou o suplemento. Nós ficamos satisfeitos que o consenso 2008 de Copenhagen tenha identificado a deficiência do zinco como sua prioridade global que pode ser suprida de uma maneira efetiva também na relação custo - beneficio.”


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