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é o tratamento que tem como finalidade a obtenção de uma camada de zinco sobre uma peça de ferro ou aço. Prevê as seguintes etapas:
O processo de zincagem por imersão a quente contra a corrosão é conhecido no mundo todo há mais de 150 anos. Numerosos dados de vida útil de camadas de zincagem, nos mais variados ambientes, vem sendo compilados através de ensaios reais de corrosão. Desse modo, atualmente é possível prever a durabilidade de um recobrimento de zinco obtido por imersão a quente com uma margem de erro bem menor que no caso da pintura. Isso se deve sobretudo ao fato de que as características de durabilidade de uma camada de zinco obtida por imersão a quente praticamente independem de um processo de obtenção, ou seja, de acordo com o ambiente exposto e a camada de zinco, pode-se prever a vida útil do material (ver gráfico à página 28).
Sistema alquídico - recomendado para ambientes normais, prevê as seguintes etapas:
é extremamente difícil prever a vida útil de um recobrimento pintado, devido à dependência de diversos fatores, como preparação da superfície, formulação e preparação da tinta, técnica de aplicação e espessura da película. A preparação inadequada da superfície, por exemplo, pode reduzir pela metade a vida útil da película, pois as pinturas alquídicas, quando expostas a ambientes agressivos, se saponificam em prazo bastante curto, provocando o destacamento da película. Todos esses itens explicam a escassez de dados práticos referentes à durabilidade de um sistema de pintura predeterminado.
A vida útil apresentada a seguir é uma orientação quanto à ordem de grandeza dos sistemas de pintura analisados:
Na análise, adotou-se uma estrutura metálica média, exposta em um ambiente industrial pesado, com as seguintes características e espessuras da camada protetiva do aço:
Dois tipos de custos são importantes na pintura industrial: o custo inicial e o custo de manutenção (retoques e repinturas).
Custo inicial: é dado pela expressão Ci = C1 + Ct + Ca
Onde:
Custo de manutenção: constitui-se no somatório dos custos de retoques com os custos de repintura.
Custo acumulado: é obtido pelo somatório do custo inicial com os custos de retoques e repinturas.
Este custo, dividido pelo número de anos previstos para o esquema de pintura, fornece o custo anual.
Na escolha de qualquer revestimento, deve ser levado em conta sua vida útil, relacionada com o custo e despesas de manutenção.
Apesar de poderem ter um custo de aplicação maior, podem ser mais vantajosos para aplicação em estruturas que exigem uma longa vida, sem necessidade de serviços de manutenção frequentes.
Estudos comparativos dos custos entre ambos, mostram que o custo da zincagem sobre a pintura, considerada uma vida útil de 25 anos é de 2 a 3 vezes menor (CORRêA, Arnaldo; FERREIRA, J. D. - Corrosão e Tratamento Superficiais dos Metais)
Na Tabela abaixo, apresentam-se três esquemas de pintura industrial:
TRATAMENTO | ESQUEMA DE PINTURA | ||
---|---|---|---|
CONVENCIONAL | SEMINOBRE | NOBRE | |
LIMPEZA | St3 ou Sa2 | Sa2½ | Sa2½ |
TINTA DE FUNDO | 2 demãos de Zarcão Alquídico óleo Modificado, 35 µm película seca | 2 demãos de óxido de Ferro Epóxi, 35 µm película seca | 1 demão de Zinco Etil Silicato, 75 µm película seca |
TINTA INTERMEDIáRIA | ----- | ----- | 1 demão de óxido de Ferro Epóxi, 35 µm película seca |
TINTA DE ACABAMENTO | 2 demãos de tinta Alquídica Brilhante, 30 µm película seca | 2 demãos de Esmalte Fenólico Pigmentado com Alumínio, 25 µm película seca | 2 demãos de Epóxi Alta Espessura, 120 µm película seca |
Fontes: Prof. Horst Reiche
Graus de Limpeza St3: Limpeza mecânica (lixamento, escovação, etc.) Sa2: Jateamento abrasivo comercial
Sa2½: Jateamento abrasivo ao metal quase-branco
Abaixo, apresentam-se exemplos comparativos entre esquemas de pintura em aço (não galvanizado) em diferentes ambientes corrosivos, destacando-se que os valores constantes da tabela estão expressos em anos e são baseados em dados práticos, considerando-se tintas de boa qualidade, aplicação adequada e ausência de danos mecânicos.
ESQUEMA DE PINTURA | TIPO DE ATMOSFERA | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
RURAL | INDUSTRIAL | MARINHA | |||||||
Retoques | Repintura Parcial | Repintura Total | Retoques | Repintura Parcial | Repintura Total | Retoques | Repintura Parcial | Repintura Total | |
CONVENCIONAL | 4 a 6 | 6 a 8 | 8 a 10 | 2 a 4 | 4 a 7 | 7 a 10 | 0,3 a 0,8 | 0,8 a 1,5 | 1,5 a 2,5 |
SEMINOBRE | 5 a 7 | 7 a 10 | 10 a 12 | 3 a 6 | 6 a 8 | 8 a 12 | 0,5 a 1 | 1 a 2 | 2 a 4 |
NOBRE | 4 a 6 | 8 a 12 | 12 a 16 | 5 a 7 | 7 a 10 | 10 a 15 | 2 a 4 | 4 a 7 | 7 a 10 |
Os dados abaixo integram o estudo do Mapa de Corrosão Ibero-americana, coordenados pelo Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em conjunto com os demais países latino-americanos e da península ibérica.
PARâMETRO | TIPO DE ATMOSFERA | ||
---|---|---|---|
RURAL (CPqD – BELéM/PA) | INDUSTRIAL (COSIPA – CUBATãO/SP) | MARINHA (CPqD – FORTALEZA/CE) | |
Temp. Média (°C) | 26 | 23 | 26 |
U.R. Média (%) | 86 | 75 | 75 |
Taxa de SO2 (mg/m2.dia) | 5 (baixa) | 54 (alta) | 5 (baixa) |
Taxa de Cloretos (mg/m2.dia) | 2 (baixa) | 14 (baixa) | 300 (muito alta) |
Taxa de corrosão do aço nu (µm/ano) | 27 | 160 | 118 |
Taxa de corrosão do aço galvanizado (µm/ano) | 1,2 | 1,3 | 5,4 |
Durabilidade para camada de 90µm do aço galvanizado (ano) | 78 | 69 | 17 |
Ensaios de exposição de painéis de aço zincado, realizados pelo IPT, com duração de 12 anos nas atmosferas rural e industrial e de 17 anos na atmosfera urbana, conforme critérios recomendados pelas Normas ISO 9223 e 9224 demonstram que a taxa de corrosão do aço zincado decresce ligeiramente com o tempo, tendendo a uma estabilidade.
Taxa de corrosão do aço zincado na ECA Lorena – Atmosfera rural (µm/ano) | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Categoria de corrosividade | Tempo da análise (anos) | Ambiente Externo | |||||
0,5 | 2 | 4 | 6 | 8 | 12 | ||
C3 (média) e C2 (baixa) | 1,48 | 0,44 | 0,26 | 0,20 | 0,17 | 0,14 | Pouca contaminação com compostos de enxofre. Baixa concentração de material particulado e elevada U.R. |
Taxa de corrosão do aço zincado na ECA Sto. André – Atmosfera industrial (µm/ano) | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Categoria de corrosividade | Tempo da análise (anos) | Ambiente Externo | |||||
0,5 | 2 | 4 | 6 | 8 | 12 | ||
C3 (média) e C4 (alta) | 2,17 | 1,82 | 1,76 | 1,74 | 1,73 | 1,72 | Contaminação elevada de compostos de enxofre e material particulado |
Taxa de corrosão do aço zincado na ECA São Paulo – Atmosfera urbanal (µm/ano) | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Categoria de corrosividade | Tempo da análise (ano) | Ambiente Externo | |||||
0,5 | 2 | 4 | 6 | 8 | 17 | ||
C3 (média) e C2 (baixa) | 2,14 | 1,18 | 1,02 | 0,96 | 0,94 | 0,89 | Contaminação moderada com compostos de enxofre, com particulado e ausência de contaminação por outros poluentes |
Fonte: Corrosão Atmosférica 17 anos - ALMEIDA, Neusvaldo Lira; PANOSSIAN, Zehbour
Uma boa pintura pode alongar a vida útil dos produtos zincados de 1.5 a 2.7 vezes a soma das expectativas de vida útil separadas (efeito sinérgico), além de proporcionar posteriormente manutenções fáceis e baratas:
Sua validade é nítida para atender a requisitos especiais de resistência à corrosão ou aparência.
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